terça-feira, 24 de abril de 2012

Câmara Municipal cria Medalha para homenagear patrono

Por Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal do Recife

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Dentro das comemorações do centenário da morte do abolicionista José Mariano, patrono da casa legislativa, a Câmara Municipal do Recife vai homenagear este ano as pessoas físicas e jurídicas que tenham prestado relevantes serviços ao município. A comenda foi instituída pela Mesa Diretora, através do Decreto Legislativo número 13/2012, e será concedida a personalidades indicadas pelos vereadores. Os nomes, porém, precisarão ser examinados por uma comissão especial formada por cinco membros e depois homologados pelo presidente da Câmara, vereador Jurandir Liberal (PT).

O que distingue essa medalha de outra já existente, a Medalha do Mérito, é que a mais recente será entregue somente este ano, numa edição especial comemorativa da morte de José Mariano, embora tenha o mesmo objetivo de reconhecer as pessoas que estejam ajudando a melhorar a qualidade de vida da cidade ou que tenha dado contribuições com trabalhos nos diversos setores sociais. A medalha do centenário da morte do abolicionista será entregue em conjunto, numa única reunião solene, na Câmara Municipal, no dia oito de junho deste ano.
A edição da medalha comemorativa terá 150 unidades. Ela terá a forma de um círculo, em metal dourado, com 60 mm de diâmetro e quatro milímetros de espessura. Ela conterá as informações da homenagem do cenetnário de morte de José Mariano e as datas 8 de junho de 1912 (dia da morte) e 8 de junho de 2012 (dia do centenário), ao lado da frase: “Símbolo da Liberdade”. Juntamente com ela será entregue um diploma contendo os brasões do município do Recife, o nome do agraciado, data, e assinatura do presidente da Câmara.
José Mariano Carneiro da Cunha nasceu no dia oito de agosto de 1850, na casa-grande do Engenho Caxangá, no distrito de Ribeirão, na época pertencente ao município de Gameleira, na zona da Mata. Veio morar no Recife, ingressou na Faculdade de Direito e se formou em 1870, na mesma turma de Joaquim Nabuco. Mariano e Nabuco foram amigos e, juntos, tomaram a frente do movimento abolicionista em Pernambuco.
Ele fundou o jornal A Provincía, que sustentou durante 15 anos. Agregado ao Partido Liberal, foi eleito deputado geral em 1878. Em 1884 ele e Joaquim Nabuco participaram da Associação Emancipatória Clube do Cupim – que alforriava, defendia e protegia os escravos. Quando a República foi proclamada, José Mariano, Martins Júnior e outros grandes pernambucanos figuraram entre os construtores do novo Regime. Por isso, Mariano está entre os deputados à Constituinte, em 1890.
Em 1891 o poder legislativo no Recife foi transformado em Conselho de Intendência Municipal e José Mariano foi eleito conselheiro, sendo assim o primeiro prefeito eleito do Recife. Por suas posições políticas chegou a ser preso pouco tempo depois trancafiado na Fortaleza do Brum, sob acusação de pactuar com a revolta armada. Mesmo assim, foi eleito deputado e teve de ser solto para assumir a cadeira. Em 24 de abril de 1898 morreu Dona Olegarinha, sua esposa e ele se retira das lutas políticas. Voltou posteriormente a atuar, sendo eleito deputado federal em 1912. Foi nesse mesmo ano que morreu, no Rio de Janeiro, que era a Capital Federal. Seu corpo foi embalsamado e trazido para o Recife. Está sepultado no cemitério de Santo Amaro, em frente ao túmulo de Joaquim Nabuco.

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