quarta-feira, 11 de maio de 2011

Jurandir na Imprensa!

Por JC ONLINE

Em 05/05/2011



Presidente da Câmara faz projeto de reforma do Executivo voltar à Comissão de Justiça, na tentativa de avançar tramitação. Novo prazo para votação é terça

Para que o prefeito do Recife, João da Costa (PT), não passe por um vexame maior, o presidente da Câmara Municipal, Jurandir Liberal (PT), voltou atrás e decidiu que o projeto de reforma da Prefeitura retorne à Comissão de Justiça. Se não fizesse isso, a oposição criaria uma nova polêmica quando entrasse na Justiça requerendo que a matéria fosse novamente apreciada por aquela instância do Legislativo, uma vez que o substitutivo anexado ao texto original pela Comissão de Finanças não tem o aval prévio dos vereadores dessa primeira comissão. E isso poderia empurrar o projeto para a votação em plenário só no dia 16 próximo, quando se esgota o prazo regimental de 60 dias contados a partir do início da tramitação. O que provocaria um novo desgaste político para o chefe do Executivo municipal.

"Isso nunca aconteceu aqui, mas, para não ter dúvida, vamos retornar. Só digo uma coisa: se isso ainda estiver assim no dia 16 (fim do prazo de tramitação), a gente vota de qualquer jeito. O objetivo da oposição é desgastar. Quem perde é a cidade", afirmou Liberal. Normalmente, matérias que tratam de reformas administrativas tramitam em regime de urgência para que as mudanças aconteçam de forma célere. Do ritmo que está, a PCR não consegue implementar ações importantes, como a reestruturação da URB e a criação da Secretaria Extraordinária da Copa.

A presidente da Comissão de Justiça, Marília Arraes (PSB), informounesta quarta-feira (4) que já convocou os integrantes do grupo para se reunirem extraordinariamente na próxima terça (10) pela manhã. A expectativa é que a matéria chegue ao plenário no mesmo dia à tarde. "A comissão vai analisar se é legal ou não. Acho que não tem problema, deve passar", antecipou. Ela, contudo, explicou que continua sem concordar com a mudança da Comissão de Finanças, que estabelece uma cota de 25% para os servidores públicos ocuparem os cargos comissionados que serão criados. Até terça-feira, a matéria e o substitutivo serão avaliados por vereadores do governo e da oposição.

Em meio a esse confronto, os oposicionistas acusaram ontem os governistas de se articularem para impedir que eles discursem no pequeno e no grande expedientes. "Cheguei aqui às 8h30 e fiquei na última vaga. A gente termina tendo que aproveitar os apartes", revelou Aline Mariano (PSDB). A irritação dela aumentou quando soube que o vereador Luiz Eustáquio (PT) tinha pedido vista de um requerimento apresentado por ela, que convoca a PCR a dar mais detalhes sobre a Operação Inverno. "Isso nunca aconteceu aqui", falou a tucana. "Se faz manobra, manobra se recebe", disse o líder do governo, Josenildo Sinésio (PT), que também estava muito irritado. "A oposição diz que as ruas estão alagadas, mas não querem votar o projeto que vai reforçar a URB. Estamos preocupados com as críticas. Queremos resolver. Deixem o prefeito agir", falou.

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